A Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste (RGVNE) foi originada a partir da Rede de Recursos Genéticos Vegetais da Bahia (RGV Bahia) concebida em 2005, como resultado de uma discussão entre professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação do Estado da Bahia, sob a liderança do professor Roberto Lisboa Romão, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Naquela ocasião, foi promovido o I Workshop de Recursos Genéticos Vegetais da Bahia, realizado na Fundação Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador, BA. Nos anos seguintes, três workshops foram organizados em diferentes universidades da Bahia: em 2006, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus; em 2008, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em Vitória da Conquista; em 2011, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro. Em 2011, durante a quarta edição do workshop da RGV Bahia foi aprovada a ampliação da jurisdição da rede para toda Região Nordeste, dando origem à atual RGVNE.
A RGVNE tem atuado de forma dinâmica na região e realizou, desde a sua criação, seis grandes simpósios regionais bianuais, que são o principal produto da Rede: o primeiro em 2013, em Cruz das Almas, BA, organizado pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Embrapa Mandioca e Fruticultura, cujo tema foi “Conservando para o futuro”; o segundo em 2015, em Fortaleza, CE, pela Embrapa Agroindústria Tropical e Universidade Federal do Ceará (UFC), com o tema “Valorização e uso de plantas da Caatinga”; o terceiro em 2017, em Aracaju, SE, pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, com o tema “Agrobiodiversidade: valor, conservação e uso”; o quarto em 2019, em Areia, PB, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Embrapa Algodão, com o tema “Conservação e utilização sustentável dos recursos genéticos do Nordeste”; o quinto em 2021, organizado pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e Embrapa Alimentos e Territórios, de forma virtual devido à pandemia de Covid-19, em Mossoró, RN, cujo tema foi “Recursos genéticos vegetais: inovação com sustentabilidade”; e o sexto em 2023, no Recife, PE, realizado pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Embrapa, cujo tema foi “Riquezas da terra para a soberania alimentar”.
Durante os simpósios foi estabelecida uma grande discussão sobre o formato e a atuação da RGVNE com a participação de professores, pesquisadores, técnicos e estudantes das instituições de pesquisa, ensino e extensão rural da região. A compreensão da Rede se aprofundou e, hoje, com a consolidação da Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG), foi possível, a partir do modelo pioneiro da RGVNE, a criação das demais redes regionais que compõem a SBRG. As redes têm estabelecido no país um modelo que fortalece a organização e as ações relacionadas à pesquisa, ensino, divulgação e fortalecimento dos recursos genéticos brasileiros.
